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Louca/Estranha/Anormal/Distante/Fria/Egocêntrica E muitas outras mais... Autora de Angelus, Tokyo Revivers e A Cor da Lágrima, codinome: Horigome Namika

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

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Agatha caminhou lentamente rumo ao portão do Inferno sendo observada pelos olhos demoníacos dos cães, de um dos guardas e de Noite.

Ela arrastou seus pés e a sensação que teve ao colocá-los no outro lado do portão foi a de que estava atravessando uma bolha muito espessa.

Noite arreganhava os dentes como uma criança que recebia o seu presente. Soltava grunhidos estranhos, até mesmo pro guarda ao seu lado. Afinal, sua aposta estava ganha.

- Se eu fosse você, olhava de novo.

Noite estava tão ocupada cantando a vitória que sequer se deu conta que Agatha estava presa entre o purgatório e o inferno. Um dos braços, a metade da perna e metade da cabeça haviam atravessado. A outra teimava em ficar na passagem.

- Maldita! – Noite vociferou por ter a alegria extinta e se adiantou para agarrar o que havia em cada lado de Agatha.

A sensação que a ruiva tinha era de estar presa em uma bolha gelatinosa. Noite agarrou seu braço e o puxou com uma força descomunal, a pele fina em seu braço ficara vermelha e depois, roxa.

Foi uma força recompensada. O tronco de Agatha foi deslocado em direção ao inferno. Noite deu um sorrisinho maléfico e continuou a puxar.

- Pare! – disse o guarda – Você não pode forçá-la a entrar! É contra as regras.

- Cale essa boca e me ajude!

Só uma perna ligava Agatha à passagem. Noite continuava a puxar, mas depois começou a fazer mais força. Tudo porque do outro lado uma mulher embebida por uma aura dourada e tão brilhante que ficara irreconhecível, puxava do outro lado. A menina era uma corda de um cabo de guerra, ora esticada por um lado, ora pelo outro.

- Largue! – recomendou o guarda – Ela é poderosa demais!

Noite fez a última força e caiu. Agatha conseguiu ficar integralmente do outro lado a ponto de ver apenas a luz esmaecendo. Ela sabia quem tinha vindo em seu auxílio.

- Obrigada!

E depois de agradecer, as pedras que ligavam o purgatório ao inferno ruiam cada vez mais. Agatha se agarrou ao portão até ficar sem chão e sem forças. Caíra dentro de um buraco escuro e vazio.

- Vovô, vovô! Ela está viva!

Agatha viu a imagem embaçada de Ezequiel e de seus olhos vivos. Sentia uma dor tão grande na cabeça, era como se alguém tivesse batido com um porrete.

- Aiiii, aiii

- Graças aos deuses! – disse Ezequiel, quase esmagando-a pelo forte abraço – Ficamos com tanto medo de você não voltar!

- O que foi? O que aconteceu? Todos estão bem?

Nesse momento, Artur Negill apareceu pela porta. Seus olhos incrivelmente azuis se iluminaram ao ver a jovem acordada.

- Pelos deuses! Vossa Alteza está acordada! Ela está viva!

Artur pulou para cima de Agatha e juntou suas mãos às delas.

- Céus! Você está gelada!

- Saia daí, Artur! – ordenou Ezequiel – Deixe a princesa respirar!

- O que foi que aconteceu hein?

- Você desmaiou na hora. Está a três dias desacordada! Achei que… quer dizer… hum… achamos…

- Você fica engraçado quando fica nervoso!

- É que eu… a cidade toda ficou preocupada com você. Eu fiquei preocupado com você.

- Eu também, Alteza! Mobilizei todos os meios para que a senhorita se recupere com muita saúde.

Agatha deu um sorrisinho e abraçou os dois com cada braço. Artur se aproveitou para dar um beijinho na bochecha, enquanto Ezequiel ficou mais vermelho ainda.

Agatha se recuperava com muita saúde. No outro dia, ela já caminhava pela cidade, recebendo sorrisos, acenos. Muitos até se prostravam.

Apesar de todo o carinho, ela sentia que ali não era o seu lugar.

Agatha voltou à casa de Vovô e Ezequiel, onde fora recebida com uma bela ceia. Os alimentos haviam sido mandados por todas as pessoas da cidade. Além de tudo, Vovô entregou a ela um pequeno saco de seda alaranjada com alguma coisa dentro. A princesa abriu e viu muitas moedas douradas, as mais valiosas, e mais algumas pedras rubis e esmeraldas.

- Não mereço tanto, Vovô. Muito obrigada.

- As pessoas nesta cidade lhe devem muito, Alteza. Vossa Alteza salvou-lhes, literalmente, a vida. – explicou o Vovô – Pena que há pessoas que não estão felizes com isso.

Agatha sabia de quem Vovô falava. Ezequiel misturava alegria e certo desapontamento quando a princesa disse-lhe que em poucos dias estaria de partida. Ele estava sentado na poltrona do quarto, com a cabeça abaixada. Ao olhar para ele, a princesa pôde notar que seu rosto estava ainda mais vermelho que o de costume.

- O que aconteceu?

- Não é nada, Alteza. – desconversou – Só estou confuso com tudo o que aconteceu nessa semana. Só isso.

- Ah, claro. Todos estão.

Agatha já tocava a maçaneta pra sair do quarto, quando Ezequiel chamou-a mais uma vez:

- Ey Agatha! É verdade que você vai partir em breve?

- É, é verdade sim.

- Eu queria dizer… quero dizer, aliás… queria pedir que você não fosse embora. Precisamos muito de você ainda.

- Eu também queria muito ficar. Mas tenho uma missão a cumprir. Não quero falhar.

Ezequiel levantou-se da poltrona e colocou uma pequena corrente de ouro com um pingente de cristal em suas mãos.

- Foi da minha mãe. É um amuleto de sorte. Queria que você ficasse com ele…

A decisão de deixar Preteus era muito mais difícil que Agatha imaginava. Assim que se despediu de Vovô e de Ezequiel, passou certo tempo vagando pela cidade com a mochila com seus pertences.

Um vento passou voando pela Princesa e quando ela se deu conta, estava de mãos vazias. Correndo como uma flecha, havia uma criança de posse de sua mochila. Trajava uma roupa verde-água e tinha a pele muito branca, quase translúcida. Agatha reconheceu o jeito maroto da menina. Era Boo.

4 comentários:

Katsumono disse...

A parte final não era a outra, meu bem?

Tammy disse...

Duas partes finais? Não entendi, mas gostei do capitulo de qualquer jeito.

Ezequiel nem ta fall in love né!?huhauhauhauhauhaa

Sabrina disse...

essa é a parte final de finalização

Jade disse...

Queremos mais!